Alguns episódios um tanto quanto pitorescos, para se dizer o mínimo, assombram aqueles que esperavam que o terceiro milênio brindasse à sociedade civilizada com um novo e coerente modelo de administração pública, qual seja, o orçamento participativo.
Com efeito, as cidades hoje mais desenvolvidas, notadamente na área social, adotaram formas democráticas na gestão dos recursos públicos.
No entanto, infelizmente, nem todos os atuais administradores são dotados com essa mesma visão de futuro. Alguns poucos gestores ainda insistem em utilizar modelos anacrônicos de administração, totalmente em desalinho com os modernos padrões de gerência pública. Particularmente em Araxá/MG, o que hoje se vê passa distante da prometida gestão democrática e transparente, que foi inclusive exaustivamente alardeada na campanha eleitoral de 2008, já que os recursos públicos são geridos de acordo com o volúvel planejamento pessoal do atual chefe do executivo, sequer se importando com os anseios da comunidade.
Projetos que nem foram previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias, se tornam prioridades absolutas, quando caem no gosto pessoal do gestor municipal. Obras públicas são tocadas no "peito e na raça", mesmo sem a abertura de processo licitatório. Diretores de empresas, que estão diretamente interessados nas obras sem licitação ora em andamento, acompanham a viagem dos gestores municipais para o exterior, possivelmente custeados pelos cofres públicos.
Mister que as autoridades constituídas apurem detidamente a situação das contas públicas em Araxá, a fim de que a transparência seja mesmo a tônica na administração municipal, a bem da moralidade exigível e da esperada decência.
O.N.G. - O.L.H.A.R. DE ARAXÁ
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